Créditos de Carbono e Sustentabilidade
Créditos de carbono, sustentabilidade e mercados relacionados - fontes demonstram a complexidade e a importância crescente do mercado de créditos de carbono como ferramenta para mitigar as mudanças climáticas. O Brasil tem um papel crucial a desempenhar nesse cenário, com seu potencial no agronegócio, florestas e energias renováveis. A necessidade de regulamentação, padronização e o engajamento de todos os setores da sociedade são fundamentais para o sucesso dessa agenda. É preciso uma colaboração entre setor público e privado, para que as metas climáticas sejam atingidas.
Fatos Importantes:
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O crédito de carbono é uma unidade de medida global que visa facilitar o comércio entre países.
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O valor de um crédito de carbono varia conforme a qualidade e origem do projeto que o gerou.
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O mercado voluntário de créditos de carbono é uma ferramenta importante para financiar projetos de conservação e redução de emissões.
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O Brasil possui um grande potencial para gerar créditos de carbono e liderar a transição para uma economia de baixo carbono.
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A contabilização dos créditos de carbono está em desenvolvimento, sendo fundamental o correto tratamento contábil do ativo e passivo.
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A tokenização e o uso de criptomoedas podem aumentar a transparência e a eficiência do mercado de carbono.
Créditos de Carbono:
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Definição e Padronização: Créditos de carbono representam uma tonelada de CO2 equivalente, visando uma medida global homogênea para facilitar o comércio internacional."Então, convencionou se esses seis gases do efeito estufa a gente metrificar em forma de tonelada de carbono equivalente, né? E é uma medida, uma unidade de medida global."
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Variação de Valor: O valor dos créditos varia conforme a qualidade e localização do projeto que os gerou, com projetos na Amazônia ou Cerrado podendo ter valores diferenciados.
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Mercado Voluntário vs. Regulado: O mercado voluntário permite a comercialização de créditos entre entidades privadas, incluindo empresas de diferentes países, enquanto o mercado regulado envolve leis e regras governamentais. Há um movimento para regular o mercado voluntário no Brasil. "E uma vantagem é que esses créditos do mercado voluntário, eles podem ser comercializados entre os privados, Então, inclusive entre outros países, empresas de outros países podem fazer essa comercialização."
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Processo de Geração: Projetos de prevenção precisam de uma linha de base para medir o impacto e a redução de emissões, seguindo padrões internacionais e metodologias de órgãos como o IPCC e o Gold Standard.
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Adicionalidade: Projetos devem demonstrar adicionalidade, ou seja, que estão agregando algo que não seria feito de outra forma na região.
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Mecanismos de Mercado: O mercado de créditos de carbono é apresentado como um mecanismo para alavancar recursos para a conservação florestal e outras iniciativas sustentáveis.
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Tokenização e Criptomoedas: O uso de tecnologia blockchain e criptomoedas é apontado como forma de facilitar a comercialização, rastreabilidade e transparência dos créditos.
Mercado de Carbono e seus Atores:
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Compradores e Vendedores: Grandes indústrias são os principais compradores, enquanto empresas de energia renovável e projetos de conservação florestal são os vendedores.
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Setores Envolvidos: Vários setores são impactados, como o industrial, de energia, agronegócio, aviação, etc. A aviação é citada como um setor de alta pegada de carbono e, portanto, muito impactado.
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Interesse do Setor Financeiro: Bancos, seguradoras e bolsas de valores (como a B3 e o Dow Jones) estão cada vez mais interessados no mercado de créditos de carbono.
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Papel dos Governos: Os governos são vistos como reguladores e criadores de políticas para o mercado de carbono, com a Europa sendo uma região com grande preocupação com o tema."O Brasil, que é o país mais sustentável do mundo... temos os rios aí, né, bem distribuídos ao longo de todo o nosso país e aí nos utilizamos da energia hidrelétrica, que é uma fonte renovável, mas grande."
Finanças Sustentáveis:
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Green Bonds: Títulos verdes para financiamento de projetos em tecnologia e eficiência energética, com foco na redução de greenwashing.
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Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA): Incentivos financeiros para produtores rurais adotarem práticas sustentáveis.
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Mapa de Biomas: Ferramenta para entender o potencial de aporte de carbono em diferentes regiões e direcionar projetos de acordo.
Relatórios e Padrões de Sustentabilidade:
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Organizações de Padronização: SSB, SDS, TCFD e GRI são citados como referências para relatórios e inventários de emissão de gases de efeito estufa.
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Inventários de Emissões (Escopos 1, 2 e 3): As empresas devem mensurar suas emissões diretas (escopo 1), indiretas por energia (escopo 2) e da cadeia de valor (escopo 3).
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Verificação e Validação: A importância de entidades como a Bureau Veritas para validar os inventários e projetos.
Mecanismos de Redução e Compensação de Emissões:
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REDD+: Mecanismo de Pagamento por Resultados (PBR) que se traduziu em ativo ambiental (crédito de carbono), com projetos tanto jurisdicionais quanto individuais. O mercado voluntário é visto como importante para esse mecanismo."E esse mercado voluntário olhando para o REDD Plus, né, Que é um que é um legado aí que né, que a gente pode dizer que a iniciativa privada pode deixar para conservação florestal, né?"
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Soluções Baseadas na Natureza: Abordagens que vão além das mudanças climáticas, abrangendo biodiversidade e desertificação.
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Desmatamento Evitado: O mercado remunera a não conversão de áreas que poderiam ser legalmente desmatadas.
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Reflorestamento e Agroflorestas: Aumento do sequestro de carbono através dessas práticas.
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Agricultura de Baixo Carbono: Desenvolvimento de metodologias para aprimorar projetos agrícolas que capturam carbono.
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Aterros Sanitários: O tratamento de aterros e o aproveitamento do metano como fonte de energia também são citados como projetos de redução de emissões.
Gases de Efeito Estufa:
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Importância do Efeito Estufa: O efeito estufa é um fenômeno natural necessário para a vida no planeta.
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Aumento da Concentração: A queima de combustíveis fósseis aumentou a concentração de gases de efeito estufa, intensificando o aquecimento global.
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Principais Gases: CO2, metano (CH4), óxido nitroso, hidrocarbonetos, perfluorcarbonetos e hexafluoreto de enxofre. O metano possui um alto potencial de aquecimento quando comparado ao CO2.
Desafios e Oportunidades:
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Greenwashing: O risco de greenwashing no mercado de créditos de carbono é apontado como uma preocupação.
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Regulamentação: A necessidade de regulamentação para evitar fraudes e garantir a integridade do mercado.
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Potencial do Brasil: O Brasil é visto como um país com grande potencial para geração de créditos de carbono, especialmente no setor agropecuário e florestal.
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Ambição Climática: O mercado voluntário pode aumentar a ambição climática além das metas estabelecidas pelo Acordo de Paris.
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Dupla Contagem: A importância de evitar a dupla contagem de créditos de carbono.
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Transição Energética: A necessidade de investimento em tecnologias de energia renovável para reduzir as emissões.
Contabilização e Tratamento dos Créditos de Carbono:
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Ativo Não-Financeiro: O crédito de descarbonização pode ser tratado como ativo intangível ou como estoque.
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Contratos: A contabilização dos créditos é feita em cima dos contratos, que são o ponto principal da operação, seja compra ou venda.
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Originador, Intermediário e Usuário Final: O processo de geração e comercialização dos créditos envolvem diferentes etapas.
Consumidor e Sustentabilidade:
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Consumo Consciente: Há uma crescente preocupação dos consumidores com o impacto ambiental dos produtos.
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Novas Gerações: As gerações mais jovens estão cada vez mais preocupadas e engajadas em práticas sustentáveis.
